O envelhecimento é um processo contínuo e natural da vida, que começa suas alterações graduais com a chegada da vida adulta. As transformações físicas, mentais e metabólicas são resultado das mudanças que ocorrem em células individuais e em órgãos completos. Os cuidados com o corpo e a mente possibilitam viver um envelhecimento saudável, permanecer ativo, independente e evitar distúrbios. Algumas das mudanças que ocorrem no corpo ao envelhecer são:
Envelhecimento celular
As células do corpo humano são programadas para morrer e dar lugar à novas células quando envelhecem e já cumpriram o seu objetivo. Essa é uma parte normal do funcionamento do corpo humano, no entanto, o envelhecimento celular ocasiona um pior funcionamento.
Envelhecimento dos órgãos
Com o auge das funções corporais que ocorre por volta dos 30 anos, elas iniciam um declínio gradual. O declínio da função de um órgão pode atingir o funcionamento de outro. Isso torna os idosos menos capazes de lidar com atividades físicas vigorosas, mudanças de temperatura extremas e distúrbios. O coração, vasos sanguíneos, órgãos urinários (como os rins) e o cérebro são os órgãos menos propensos a funcionarem bem sob estresse.
Ossos e Articulações
Osteopenia e osteoporose são a perda de densidade óssea. Quando ocorre de forma grave, torna os ossos mais fracos e propensos a se quebrarem. Os ossos que mais enfraquecem são o fêmur, as vértebras, o rádio e o cúbito: a cabeça do fêmur no quadril, os ossos da coluna e as extremidades dos ossos do braço e do pulso.
A garganta se comprime, o que pode fazer com a que a pessoa se asfixie com mais frequência e seja mais difícil de engolir. A coluna se torna mais curta, explicando a perda de estatura que ocorre com os idosos. Os ligamentos e os tendões se tornam menos elásticos, as cartilagens que revestem as articulações afinam e os rompimentos passam a levar mais tempo para se curar.
Músculos e Gordura corporal
Por volta dos 30 anos, a força muscular começa a diminuir e os músculos se contraem mais lentamente. A inatividade física dos idosos gera uma perda muito maior de massa e força muscular do que a que acontece com os jovens. Ao redor dos 75 anos de idade a porcentagem de gordura no corpo praticamente dobra.
Olhos, Ouvidos, Boca e Nariz
Os olhos passam a mudar com o começo da meia-idade, dando os primeiros sinais do envelhecimento. Pessoas com 60 anos precisam de três vezes mais luz para ler do que quem tem 20 anos. É mais difícil enfocar objetos próximos, enxergar com a luz clara brilhante e reagir a mudanças na luz. A percepção das cores muda, a percepção da profundidade é comprometida, os olhos parecem mais secos e a quantidade de gordura ao redor deles diminui.
Os sons de alta frequência são ouvidos com mais dificuldade. Consonantes têm alta frequência e vogais baixa frequência, ou seja, idosos ouvem bem as vogais e as consonantes não, então é mais difícil compreender o que está sendo dito. Dito isso, quando um idoso tem problemas para entender o que se diz, articular claramente as consonantes é mais produtivo do que falar alto.
A percepção do doce e do salgado são alteradas junto da perda de sensibilidade nas papilas gustativas, sofrendo mais redução de percepção do que com o azedo e o amargo. Há menos produção de saliva, retração da gengiva e desgaste do esmalte dos dentes. Perceber sabores é mais difícil e perceber odores também é. Além disso, o nariz cresce, se amplia, e a sua ponta tende a se curvar.
Pele
Com o envelhecimento, a pele tende a ficar mais fina, menos elástica e mais seca, já que menos colágeno e elastina são produzidos. As pessoas suam menos e são mais sensíveis à dor, temperatura e pressão. Lesões são mais prováveis de acontecer, a pele fica menos protegida contra a radiação ultravioleta (UV) e a luz solar, e há mais deficiência de Vitamina D. Se expor ao sol ao longo dos anos contribui para uma pele enrugada, áspera e manchada na velhice, por isso quem evita a exposição à luz solar tende a parecer mais jovem.
Cérebro e Sistema nervoso
Após os 70 anos de idade, algumas funções mentais podem ser sutilmente reduzidas, como o vocabulário, a memória de curto prazo, a capacidade de aprender coisas novas e de lembrar palavras. Apesar dos idosos reagirem e fazerem tarefas de forma mais lenta, com o tempo, eles passam a realizá-las de modo preciso.
Os sinais dos nervos são transmitidos mais lentamente, mas não é comum que a força e a sensibilidade sejam afetadas ou percebidas pelas pessoas. O cérebro tem formas de compensar a perda de células nervosas que ocorrem com o envelhecimento. A redução de força e de sensibilidade pode ocorrer caso o idoso tenha nervos danificados.
