O Movimento Mente Em Foco e o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) se uniram em um estudo que demonstrou que a maior parte dos brasileiros acredita que a sua saúde mental piorou desde o início da pandemia. 70% dos entrevistados relataram que nervosismo, tensão ou preocupação foram as reações que surgiram ou aumentaram desde o início da pandemia, 55% apontaram ansiedade acentuada frequente e 51%  estresse acentuado.

Ainda, dificuldade de desempenhar alguma função no trabalho ou atividade profissional por não estar se sentindo bem mentalmente foi sentida por quase 30% das pessoas. Apesar destas afirmações, 91% deles disseram não estar fazendo nenhum acompanhamento de saúde mental atualmente, 82% afirmaram não ter um diagnóstico de transtorno mental e 57% disseram não ter procurado ajuda, apesar de não estar se sentindo bem.

A saúde mental é, além de um estado de bem-estar, uma construção complexa que compreende várias perspectivas: a satisfação pessoal, a resiliência, o âmbito profissional e o social. Sabe-se também que o equilíbrio psíquico reflete no engajamento com o trabalho, comunicação com colegas, capacidade física e produtividade, por isso, as empresas passaram a identificar a necessidade de implementar um ambiente saudável de trabalho e promover a saúde.

A pandemia reforçou a necessidade da saúde mental fazer parte do relacionamento entre a empresa e seus colaboradores, a fim de protegê-los da também pandemia de burnout: que esgota, de modo extremo, os trabalhadores e afeta a sua vida como um todo. Para que uma organização possa aproveitar o máximo da produtividade e satisfação de seus colaboradores, a saúde mental deve ser parte do trabalho.